27 março 2006

Ligação

A Ponte Hercílio Luz está para Florianópolis assim como o Cristo Redentor está para o Rio de janeiro. Quem disse isso foi Felipe Luz, secretário de estado do Planejamento e neto de Hercílio Luz, o "pai" da Ponte. A frase foi dita numa reunião com Sílvia Finguerut, representante da Fundação Roberto Marinho, que esteve em Florianópolis há uma semana para estudar o apoio (apoio, não patrocínio) da Fundação ao projeto de restauração da Ponte, cuja ordem de serviço foi assinada em fevereiro. Há poucos dias, com a parceria da Fundação, foi viabilizado em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa. Apesar da diferença de cifras (o museu custou R$37 mi e a reforma da Ponte custa R$80 mi), é mais uma porta que se abre.
Acredito que a comparação com o Cristo seja apropriada. Só de imaginar a cidade sem a Ponte dá uma sensação ruim. A Hercílio Luz foi tombada em 1992 como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Município, e é a única do mundo com sistema de olhais na estrutura.Tem 819m de comprimento e 75m de altura. Quando foi definitivamente fechada eu tinha oito anos. Mas a Ponte entrou na minha história bem antes, quando cheguei em Florianópolis para morar. Eu tinha um ano de idade. Ao chegar sobre a Ponte, meus pais ficaram tão emocionados que pararam o carro (naquele tempo o trânsito era outro). Minha mãe desceu comigo no colo, e fui pega de surpresa por um até então desconhecido vento sul. Por causa disso passei meu primeiro mês em Floripa no hospital, tratando de pneumonia. Ainda assim, não vejo a hora de atravessar a "ponte velha" de novo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Então, quando for ao Cristo Redentor, leve um casaquinho, pois também faz um friozinho danado!

Carlito Costa disse...

Só uma pequena correção, Aline. A ponte foi tombada em 1992 pelo Patrimônio Histórico do Município (1922 é o ano em que começou a construção). Em 1997 ela passou a ser patrimônio histórico estadual e federal.

Aline Cabral Vaz disse...

Meu Deus! Juro que foi erro de digitação, Carlito. Obrigada, já corrigi!

Cléia Schmitz disse...

Não se preocupe, Aline, quem te conhece sabe que foi mesmo um erro de digitação. Mas sabe como são esses historiadores, sempre querendo apontar erros de nós jornalistas. He,he,he...