05 abril 2006

É logo ali (por falar em bike)


Tava eu de saco cheio e bolso vazio. Empurrei a bancada e a cadeira deslizou de ré. Levantei, estiquei as costas, alonguei e nesse espaço de tempo lembrei da bike.

Fui lá no quartinho e a tadinha tava que era só poeira. Pneus murchos encostada num canto cheia de tralha. Levei pra fora, passei um paninho, enchi os pneus, lubrifiquei a danada e saí contra o vento. Logo eu já tava botando os bofes pela boca. Resisti.

Continuei pedalando contra. Cheguei na praia depois desses quilométricos 400 metros.

Lá não tinha vento nenhum e a maré tava baixa. A praia tava lisinha, parecia um tapete. Fui bora deslizando.

Comecei a cantar e pedalar. Dancei em cima da bike. Empinei e fiz slalon. Acho que é a tal da endorfina inundava. Eu tava até rindo. Parei num trapiche lá no mangue da Cachoeira do Bom Jesus. Tava lindo, lindo, lindo memo. Putaquiopario! Deve ser essa porra a tal de qualidade de vida de Florianópolis. Ou algo parecido. Era inverno de 2005...

2 comentários:

Cléia Schmitz disse...

Frank, ontem, num curso, o 'professor' pediu que a gente citasse algo agradável no percurso até o local. Só o nosso colega Wendel citou o dia bonito, ensolarado. A maioria se restringiu a solidariedades no trânsito. O professor, que é de SP, ficou impressionado! Disse que quando faz a pergunta em cursos no Nordeste, grande parte das pessoas responde algo sobre o dia, o mar... E nós com essa beleza toda em volta... No corre-corre do dia a dia, a gente não vê mais as coisas boas e se custa a parar um pouquinho para repor as energias com uma pedalada ou uma simples contemplação.

Aline Cabral Vaz disse...

Pô, inverno de 2005? E eu achando que tavas com o joelho bom de novo : (