30 março 2006

Brasília e suas satélites de lama

Antes de mais nada, um grande abraço a toda a raça do blog. Saudades de vcs e de Floripa. No dia 24 deste mês, completei dois anos na capital federal. Acho que ainda não senti nenhum arrependimento pela mudança apesar de todos os pesares. Vivemos, eu o Botelho, pendurados no final da Asa Norte. Pra quem não conhece, o Plano Piloto é uma ilha cercada de miséria por todos os lados.

Outro dia tive que ir numa das mais de 300 obras inaguradas no final do quarto mandato do populista Roriz. Fomos para Itapuã, uma invasão até o ano passado. Lama e mais lama inclusive dentro do prédio novo da administração da "cidade". É nojento ver gente que vive literamente no lixo chamando o governador de Santo. Lula e Chavéz ficam no chinelo perto desse governador grilheiro e ligado ao jogo do bicho.

Enquanto Itapuã não tem nada, a quadrilha dele e de empresas ligadas ao bicheiro Carlos Cachoeira levaram nada menos do que R$ 2,6 bilhões em contratações irregulares na área de informática desde 1999. Descobri isso no segundo dia como repórter no Tribuna do Brasil. Claro que o jornal não deu uma linha. O Tribuna como os outros, inclusive o Correio onde fiquei até o final de 2005, dependem das verbas do Roriz.

Vcs devem estar pensando: não é quase nada diferente dos periódicos chapa branca de Floripa e além disso o cara não vê o mar. É quase isso, mas o mercado aqui é o maior do país para jornalistas e a cidade (o Plano Piloto) tem sim bastante qualidade de vida. Vou ficando por aqui, mas prometo contar mais peripécias e coisas da cidade federal.

2 comentários:

Cléia Schmitz disse...

Oi Lúcio, seja bem-vindo. Já que não dá para publicar no jornal, conte aqui. Bjs

Anônimo disse...

Ótimo ! aquele abraço, e manda mais!!!