Mesmo que você não tenha lancha, não possa se hospedar em um resort, jantar em um restaurante sofisticado ou freqüentar algum dos bares e lounges cult surgidos nos últimos anos em Florianópolis, pense no lado positivo: você está numa ilha – nada sonífera, diga-se de passagem. Por mais que a nossa cidade esteja cada vez mais elitizada, poluída e engarrafada, o melhor daqui ainda é de graça: praia. São mais de 40. Sem falar que na praia fica todo mundo parecido, seminu e de pé descalço.
Há várias coisas boas que ainda se pode fazer com pouco ou nenhum dinheiro nesse pedacinho de terra cercado de novos-ricos por todos os lados. Se você tiver um carro então, maravilha.
Pra pegar um diazão de praia valem algumas dicas. A primeira é: se ligue no vento. Aqui em Floripa quase sempre tem, e dependendo do tipo, pode estragar seu programa. O problema é que nem todo mundo entende de vento, e aí quando vê tem farofa voando pra todo lado. Consulte um pescador perto de você.
Outro pré-requisito pra não cair em roubada é acordar cedo. Caso contrário você cai nos engarrafamentos mesmo. Na volta é preciso se ligar mais ainda, e se depender de transporte público, então, atenção máxima no relógio. O melhor é chegar antes das 9h e sair antes das 16h e deixar pra dormir na volta. Ainda mais em tempos de tapete preto. Com essa receitinha básica dá pra passar um dia alucinante gastando bem pouquinho.
Pra quem não tem preguiça, outro programa legal é fazer uma trilha. O único gasto é calórico. Floripa tem dezenas de opções com variados graus de dificuldade, todas com visuais privilegiados. Se não estiver muito quente, também vale um passeio no Parque Ecológico do Córrego Grande, que também é de graça, mas infelizmente fecha às 18h, quando o sol ainda está alto.
E pra fechar o dia, uma caminhada na avenida Beira-Mar pra assistir o pôr-do-sol, ou uma subida ao morro da Cruz, pra ver a cidade de cima. Dois programas grátis que estão entre os melhores pra se fazer no final de tarde. O centro rende um post à parte, assim como a vida noturna.
O legal é saber que ainda nos resta um lugar ao sol e que aqui também cabe a “filosofia credicard” - Diária mais barata num resort chique: R$440,00. Cerveja long neck no bar da moda: R$ 7,00. Saber curtir Floripa: não tem preço.
01 dezembro 2005
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2 comentários:
bikes...vc esqueceu outra coisa de graça q é xóia.
Você tocou no ponto certo.
Engraçado que, entre este glamour que envolve Floripa, esqueceram que o que dá o charme à cidade é a simplicidade.
Ou alguém acha que a Praia Brava pós-glamour tem alguma graça? Ou seria uma miniatura de Balneário Camboriú?
Engraçado que nas praias da moda - Mole, Brava e agora Jurerê Internacional - o objetivo de ir à praia, que é relaxar, acaba-se perdendo, pois aquelas caras-e-bocas nada mais é que uma night(agora é balada, claro) de dia.
Resumindo: a Ilha é grande e nimguém é obrigado a fica nestes lugares e, por isso, prefiro achar um lugar sossegado - e barato - e relaxar. Afinal, estamos em Floripa.
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