Aqui nesses cantos do sul do mundo, o Natal é uma festa católica que abre o verão. Mesmo assim é lembrado com símbolos gelados de outras confissões do hemisfério norte (o pinheiro alemão luterano e o São Nicolau russo ortodoxo, transformado no Papai Noel da Coca-Cola). Mas antes de ser uma efeméride cristã, a data do Natal era reservada para a festa do sol.
Por volta do século I antes de Cristo, começou a tornar-se muito popular em Roma uma festa em honra ao deus Mitra, divindade persa que, segundo o mito, havia se aliado ao sol para garantir luz e calor às plantas. A festa era comemorada no solstício de inverno do hemisfério norte (entre 21 e 23 de dezembro) para saudar a volta do sol. A partir desse dia, o mais curto do ano, começa a aumentar o número de horas diárias em que há luz solar.
Foi só por volta do século V, quando tanto o império decadente quanto os bárbaros que o invadiram estavam cristianizados, que a festa foi incorporada ao calendário da igreja romana. O papa definiu o 25 de dezembro como a data do nascimento de Cristo e estabeleceu uma série de rituais de comemoração do Natal, transformando a antiga festa pagã em celebração cristã.
Cá na metade sul do planeta, é hoje o solstício de verão, o dia mais longo do ano. Salve o sol, mesmo escondido pelas nuvens.
21 dezembro 2005
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5 comentários:
+D1 também é cultura. Essa eu não sabia. Essa história!
Boa Carlito. Nosso Natal é uma coisa que ninguém sabe direito. Velhinho barbudo com roupa para frio, vermelho coca-cola, e por aí vai...
E viva o sol nosso de cada dia.
já conhecida a História do Natal mas gostei na mesma de cá vir...parabéns pelo blog.
O pior é a comida: sempre peru, chester e aquelas frutas secas. Será que não rola uma manguinha, um leitãozinho e cerveja em vez de vinho? Aqui em casa vai rolar!
Ps.: Bacana o trabalho de vocês!
Carlito Costa, sempre uma aula. :)
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