26 dezembro 2005

Joaca

A Joaquina é a praia em que mais vezes estive, sem dúvida alguma. Por diferentes motivos: pela proximidade de casa; pela regularidade e qualidade das ondas, pois é uma das melhores para surfar; pela afinidade com um grupo numeroso de frequentadores. Talvez por isso seja difícil escrever sobre ela: o excesso de informação confunde.
Gosto de imaginar como era essa praia nos anos 70, antes dos restaurantes, hotéis e estacionamento. Como seria se ela tivesse sido preservada como a Galheta? Mas não foi, portanto vamos ao que interessa:
- Quem não se importa em caminhar nas pedras deve explorar o costão. Há várias paisagens interessantes.
- Além de vistas panorâmicas, nas pedras há algumas oficinas líticas, mas ninguém dá muita bola pra elas.
- Uma boa idéia é caminhar pela praia rumo ao sul, em direção do Campeche. Não há vestígio de ocupação humana. Mas mulheres desacompanhadas devem evitar fazer isso em dias de pouco movimento, o lugar tem um histórico sinistro.
- A praia é bem aberta à ondulações. Não é recomendável para surfistas de pouca prática (ou fora de forma). Mas como não é uma praia de tombo, é mais fácil para banho do que a Mole e o Moçambique. Também é famosa pela água fria.
- O estacionamento é pago (4 reais!) somente entre 9h e 18h. Nem por isso espere um banheiro público decente se precisar.
- Fujo de lá no verão e nos grandes feriados. A Joaquina faz parte do roteiro dos ônibus de excursão que vem à Ilha. Releia a frase anterior.
- É um lugar agradável para assistir campeonatos de surfe, com as dunas (infelizmente) servindo de arquibancada natural. Não foi chamada de Maracanã do surfe à toa.
- Dizem que a casa no costão era de um desembargador e as pedras do muro vieram da penitenciária, tiradas pelos detentos. O fato dela existir rende um post à parte.
- Não fui lá nas últimas semanas, mas parece que está passando um tapete preto que ninguém sabe como vai ficar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Cabral, feliz 2006. É, a Joaca sem dúvida é Top. Moro perto (Porto da Lagoa) e de vez em quando dá pra ir a pé até a praia. A Joaca não merece essa "judiaria" que estão fazendo com e ela: tapete preto, estacionamento totalmente e horrivelmente mal adminsitrado, arquitetura (que arquitetura?) totalmente descompatível com qualquer preceito de ocupação (se é que devereia ser ocupada...). Tá uma nojeira, no sentido administrativo-ocupacional. A sorte é que a energia e a beleza da Joaca supera isso tudo...