Taí uma coisa com cara de verão: samba. Não tem muita graça sambar de toca e cachecol. E já que o tema música de verão rendeu bons comentários aqui no +D1, vamos a ele. Hoje, dia 2 de dezembro, é dia do samba, estabelecido pela Lei do deputado Nivaldo Santana, certamente um homem bom da cabeça e de pé sadio. Andei pesquisando a origem da palavra samba e descobri que vem de semba, idioma africano quimbundo (?), que significa umbigada, dança de roda. Apesar da origem, acho que não tem nada com mais cara de Brasil. E de verão também.
Duas lembranças boas que tenho de verão aconteceram ao som de samba. Uma foi uma noite no bar Lavradio, na Lapa, RJ. Mesmo depois de um dia super cansativo e de uma viagem longa, fui totalmente consumida pelo samba de raiz e dancei até (o meu marido) dizer chega. Outra vez, peguei um barco à noite, depois de uma festa, pra atravessar o trecho entre Porto Seguro e Arraial D´Ajuda, no sul da Bahia. No trajeto, um velhinho de uns 70 anos puxava o samba com um instrumento feito por ele, enquanto a galera toda dançava e cantava.
Aqui em Floripa ainda não tive o prazer de participar de uma roda de samba, mas segundo dicas quentes de uma amiga, tem dois “points” clássicos. Um deles é um legítimo boteco, o Bar do Tião, no Monte Verde, entrando à direita no trevo após o cemitério Jardim da Paz. O outro é o Bar Dunas, na estrada da Joaquina, em frente às dunas (faz sentido). Pretendo conferir nessa temporada.
E pra encerrar o post, um trechinho de “Eu canto Samba”, do Paulinho da Viola:
Há muito tempo eu escuto esse papo furado
Dizendo que o samba acabou
Só se foi quando o dia clareou
E o seu samba preferido, qual é?
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3 comentários:
Tem uma música que se chama justamente "Samba de verão". Não é minha favorita, aliás nem parece samba e já encheu o saco pq foi trilha de novela. Mas é interessante e pra não perder a oportunidade, segue:
Você viu só que amor
Nunca vi coisa assim
E passou, nem parou
Mas olhou só pra mim
Se voltar vou atrás
Vou pedir, vou falar
Vou dizer que o amor
Foi feitinho pra dar
Olha, é como o verão
Quente o coração
Salta de repente
Para ver a menina que vem
Ela vem sempre tem
Esse mar no olhar
E vai ver, tem que ser
Nunca tem quem amar
Hoje sim diz que sim
Já cansei de esperar
Nem parei nem dormi
Só pensando em me dar
Peço, mas você não vem
Bem / Deixo então
Falo só / Digo ao céu
Mas você vem
Jair Rodrigues cantando:
Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora
Está vendo o meu fim
Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar à aquela vida de alegria
Quero de novo cantar
Lá Laiá Lá...
(simples e direta; boa de ouvir e de tocar)
"Quando eu piso em folhas secas, caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha Estação Primeira
Não sei quantas vezes
Subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando
E assim vou me acabando...
Quando o tempo avisar
Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudades
Ao lado do meu violão
Da minha mocidade..."
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