13 abril 2006

Treze cidades, treze momentos

Caminhar olhando os coqueirais arrastando os pés na areia branca das ruas de Maxaranguape, no litoral potiguar.

"Esperar o rio" tomando cachaça com sirigüela em Russas, no sertão do Ceará; na seca a água da barragem é liberada de tempos em tempos.

Vender camisas da seleção brasileira numa banca de camelô no centro de Manaus; a saída precoce do Brasil na copa de 90 foi um baque pros negócios.

Banhar-se numa bica de água gelada na beira da estrada em Minas Gerais, durante viagem de caminhão. Que cidade seria aquela ali perto?

Tomar vinho tinto esperando o churrasco no fogo de chão com uma família de criadores de cavalos, à margem do Lago Puelo - El Bolsón, sul da Argentina.

Pedalar com a amada pelas ruas estreitas de Lucca, na Toscana, Itália.

Beber sem pressa um caneco de cerveja da boa no centro histórico de Praga, olhando o movimento.

Fazer a trilha da Lagoinha do Leste (Floripa) pelo costão, num dia de sol.

Comer cazuela de mexillones no mercado público de Santiago do Chile.

Perder-se no metrô de Tóquio.

Comer num restaurante popular de Bangcoc e conversar de futebol com os locais sem ninguém entender uma palavra da língua do outro.

Dar autógrafos para estudantes em Taejon, Coréia do Sul, depois de ser apontado, numa pegadinha do intérprete, como jogador da seleção brasileira.

Flanar por Amsterdã ao som inspirado de quatro gaitas do maestro Ricardo Szpilmann.

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Que momentos você associa com as suas cidades?

4 comentários:

Kátia Negreiros disse...

Me empolguei:

Passear no rio e fazer a eclusagem com o navio, em Barra Bonita, do Rio tiête já limpo

Comer ostra fresquinha no quiosque do seu Antônio lá na Ponta do Sambaqui (Floripa)

Olhar a cachoeira no Rio Jacaré-pepira em Brotas (sp) e tremer de medo no começo da descida

Estar com o nariz congelando, mas ao mesmo tempo se sentir aquecido pelas luzes de natal da Champs Elysée

Subir as escadas apertadas da Sagrada Família e descobrir a cada lance uma nova face de Barcelona

Comer a pizza mais simples e ao mesmo tempo a melhor de todas, com vista para a beiramar de Nápoli

Caminhar bem acompanhada pela beira do Lac léman e enxergar ao fundo o Mont Blanc, realmente branco

Caminhar pelas ruas da liberadde e da Moca e entender alguns dos motivos que fazem muitas pessoas fazerem questão de viver em uma selva de pedras como São Paulo

Olhar pela janela de casarão de Olinda todo aquele povo dançando na rua, fantasiados, contagiados pela cultura e pelo carnaval

e muitas outras lembranças...

Kátia Negreiros disse...

é claro que não tem como citar todos, mas me lembrei de mais um que é fundamental:

Conhecer a cidade que foi o berço da indepêndencia americana (philadelphia) e entender um pouco mais sobre o forte nacionalismo e a cultura daquele país

Anônimo disse...

Caramba! Isso dá muita história...

Pegar uma cachoeira depois da aula em Piabetá, Magé, Rj.

Chegar no Rio, Lapa, na mesma semana que o Circo Voador, em 82.

Subir o Corcovado pela primeira vez,morando no Rio há mais de dez anos.

Subir no Pão de Açúcar com Seu Jessé, pai do Zeca Pagodinho, 80 anos, e ele te dizer: "é a minha primeira vez."

Chegar na Torre de Belém, Portugal, e pensar que tudo começou ali.

Entrar no Museu do Prado, Madrid, e realizar um sonho de infância: Ver (ao vivo e em cores)o Jardim das Delícias, Bosch.

Subir a ladeira da Sé, Olinda, com uma namorada de carnaval e acreditar que era pra toda vida.

Voltar pra casa , Copacabana, de madrugada e parar na padaria pra uma média e pão com manteiga.

Ver a Lagoa do Peri, Ilha de Santa Catarina, pela primeira vez, em companhia de grandes amigos.


Acho que este mote poder de contínuo, não é mesmo?

Anônimo disse...

Deixa eu também fazer uma correção e acrescentar mais uma:
Este mote PODE SER contínuo! (estou levemente entorpecido...)

"receber o abraço do Miguel (filho do Dauro) na beira da Lagoa do Peri"