Há muito tempo seu Chico foi adepto da pesca submarina, daquelas que se mergulha apenas com máscara e arpão. Em um verão distante, "faz tempo, faz tempo", diz, ele pôs a bateira (bote) no mar e foi em direção a um costão, que formava uma pequena baía. O local não era muito freqüentado por pescadores porque temiam o fenômeno da Luz de Bota, muitos deles já a tinham visto por ali.
Ele sabia disso, mas achava o lugar bom de pescaria. Deixou a bateira amarrada em uma pedra a doze metros antes de começar a baía, formada pelo costão, preparou o arpão, respirou fundo e mergulhou. Ele tinha um bom fôlego e chegava a ficar por mais de três minutos embaixo d'água. Depois subia, enchia os pulmões de ar e novamente submergia. E assim fazia por horas, até pegar algum peixe.

Mas seu Chico jura que a tinha visto e ela parecia ser bem grande. Ficou uma hora e meia até que percebeu o movimento mais no fundo. "Só podia ser ela." Foi chegando mais perto bem devagar e levou um susto. "Tinha mais de um metro e meio e uns 70 kg". Permaneceu imóvel por uns instantes e depois se preparou para atirar. Para arpoar a garoupa é preciso ter muita calma, pois "é peixe muito esperto, ele se esconde quando vê o pescador".
Mirou, puxou o gatilho e lá foi o arpão perfurando a cauda do peixe. Não tinha sido um bom tiro. A garoupa se debateu e desceu mais para o fundo, em direção a toca. Seu Chico, quando percebeu que sua mão tinha se enrroscado na linha do arpão já era tarde. Lá foi ele, sem reação, levado para dentro da toca da garoupa... (Continua)
6 comentários:
sacanagem, binho. conta logo o final
Isso me lembrou que na época de Instituto Estadual de Educação, principal colégio público de Santa Catarina, tive um professor de história, o Dejair, que era pescador do Pântano do Sul. Contava também as “suas” histórias. Eu e meus amigos sempre tirávamos onda, mas ele aparecia com fotos para comprovar seus feitos...
Gostei da estratégia, Fábio. Além de mim, deve ter muita gente curiosa... ; )
Conta, conta, conta!!!!!
só a foto pesa 1 quilo e 1/2...
Alexandre Wisintainer
ai, zesus! atiçassi!agora conta, istopor!
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